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Autor: eder

Comunicado importante da ABCP

Construção de via de concreto deve aquecer indústria de cimento no CE

Por Bruno Cabral / Diário do Nordeste – 06 de novembro de 2019 

 

Com os sucessivos aumentos do preço do asfalto, observados nos últimos anos, o uso do concreto na pavimentação de rodovias vem se tornando cada vez mais atrativo. Hoje, a economia não se dá apenas no longo prazo, uma vez que o concreto possui uma vida útil maior, mas, em boa parte dos casos, também na implantação do pavimento. Foi pensando nisso que representantes da Associação Brasileiro de Cimento Portland (ABCP) decidiram apresentar ao governador Camilo Santana, no próximo dia 11, um estudo sobre as vantagens em utilizar o pavimento rígido (concreto) nas estradas cearenses.

A informação foi dada em primeira mão pelo colunista Egídio Serpa e deve redirecionar os R$ 750 milhões anuais gastos pelo Estado em construção e reparos de vias para uma nova e mais moderna tecnologia de construção. “Não é para qualquer estrada que o concreto é viável. Tem de ter um fluxo mínimo. A ideia é aplicar o pavimento de concreto em vias cujo tráfego diário seja superior a 500 veículos comerciais (ônibus e caminhões). Neste caso, o custo inicial do concreto já é menor do que o do asfalto, uma vez que, para suportar o fluxo de veículos pesados, é necessária camada maior de asfalto”, diz Carlos Teles, diretor comercial da Cimento Apodi.

Teles diz que até pouco tempo atrás, os ganhos com o uso do concreto só apareciam depois de “muitos anos”, pois o asfalto, embora fosse mais barato, tinha maiores custos de manutenção. “Hoje, você tem ganhos desde o início. Mas o setor tem que acordar para o pavimento de concreto”, diz. “Desde 2015, o CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo) triplicou de preço”.

 

Preço e manutenção

De acordo com um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), entre setembro de 2017 e fevereiro de 2019, o preço do asfalto teve aumento de 108% no Brasil, o que resultou tanto no aumento do custo das obras de construção como na manutenção. Segundo o executivo, além do custo inicial mais baixo, após 20 anos, considerando os custos de manutenção, a pavimentação de concreto sai pela metade do preço. “A manutenção do concreto é muito pequena, enquanto o asfalto demanda, em média, três recapeamentos em 20 anos”, diz.

 

Estradas no Estado

Hoje, no Ceará, o pavimento de concreto está presente na CE-494, que liga o Crato a Nova Olinda; em parte do 4º Anel Viário (BR-020), em obras; e na Avenida Dioguinho, na Praia do Futuro. A estimativa é de que o Governo do Estado gaste por ano cerca de R$ 750 milhões com construção e manutenção de rodovias. De acordo com a Superintendência de Obras Públicas (SOP), o Ceará tem 8.038,8 km de rodovias estaduais pavimentadas. O pavimento rígido é utilizado em cerca de 15 km, no trecho Crato-Nova Olinda, além de pequenos intervalos de rampas e pontes.

“No momento, não há projeto para rodovia estadual em concreto no Estado, considerando o perfil de carga das CEs e os custos”, disse a SOP, em nota. O projeto de duplicação do 4º Anel Viário, de responsabilidade do Governo Federal, é executado atualmente pelo Governo do Estado através da SOP, e tem uma nova pista com 26 km de extensão em concreto.

A adoção do concreto nas estradas cearenses também beneficia as empresas locais do setor cimenteiro, pois praticamente toda a produção é feita no Estado. “Com esse impacto na indústria, o Estado arrecada mais impostos, pois são fábricas de dentro do Ceará que vão fornecer o cimento, enquanto o asfalto é praticamente todo importado”, diz Teles.

 

Preço por quilômetro

Se, em 2013, a construção do pavimento rígido (concreto) só passava a ser mais vantajosa do que a do flexível (asfalto) em vias com Volume Médio Diário de veículos comerciais (VDMc) acima de 2 mil, em 2018 o concreto tornou-se mais vantajoso em vias com VDMc acima de 500, sendo 4,5% mais barato do que o asfalto. Segundo um estudo realizado pela ABCP, em 2018 o custo de construção do quilômetro de vias de 7 metros de largura era de R$ 1,261 milhão para o concreto e de R$ 1,321 para asfalto. Considerando vias com volume diário de 500 veículos comerciais.

Já uma pesquisa da Votorantim Cimentos avaliou a eficiência da construção e manutenção durante um período de 20 anos de um pavimento rígido. Os custos de construção e manutenção foram 54% menores com a utilização do concreto.

No Brasil, há atualmente 6.800 quilômetros de estradas com pavimento rígido. No entanto, cerca de 99% das rodovias brasileiras ainda utilizam o asfalto. Mas com a redução dos custos do concreto em relação ao asfalto, esse número tende a crescer, segundo estima a ABCP.

 

Custos podem ser reduzidos

O uso do concreto na pavimentação de rodovias poderá reduzir os custos com manutenção de veículos, que hoje representam de 10% a 15% do frete. De acordo com Heitor Studart, presidente da Câmara Setorial de Logística (CSLog), se fosse retirado metade desse custo, com a utilização do concreto nas estradas, haveria diferença no preço final dos produtos para o consumidor.

“Isso faz uma grande diferença na ponta do consumo. Não tenha dúvida de que o retorno do concreto é muito melhor. A competitividade nestes aspectos para as transportadoras não terem gasto mensal de manutenção de veículos é maior”, avalia.

Studart ressalta que a vida útil e a capacidade de transporte de carga em estradas que utilizam o pavimento rígido (concreto) são maiores em relação ao asfalto. Para ele, isso faz diferença na hora da escolha do modal rodoviário pelas empresas transportadoras.

“O transporte por tonelada por eixo aumenta sobremaneira. Além disso, as intempéries não afetariam tanto quanto as estradas com pavimentação flexível (asfalto). Não tenha dúvida de que a vida útil e a competitividade com o concreto são muito grandes. Primeiro, pelo suporte de carga. Você tem condição de levar mais tonelada por eixo do transporte. Segundo, a vida útil, que é o dobro em relação ao asfalto”, acrescenta Studart.

O presidente da CSLog diz ainda que numa retroárea portuária é importante ter estradas de concreto. “Porque é onde tem muitos caminhões transportando, por exemplo, pás eólicas de 85 metros com caminhões com 10 eixos. Então, tem que ser um pavimento de concreto. Caso contrário, não aguenta a pressão”. Studart afirma que a CE-155, que liga a BR-222 ao Porto do Pecém, vai precisar numa próxima reforma ser feita de concreto. “Apesar de o reparo já estar sendo feito, a médio prazo a CE-155 já terá que ser feita de concreto”, arremata o presidente da CSLog.

Leia a matéria no site do Diário do Nordeste

Pavimento de concreto para vias urbanas: a hora é agora

O Brasil é um dos países latino-americanos que menos usa o pavimento de concreto em suas rodovias e na malha urbana das cidades. Dentro do seminário internacional de pavimentação urbana em concreto, realizado no Concrete Show 2019, um grupo de especialistas procurou mostrar as vantagens do material e o quanto ele já é competitivo em relação ao asfalto. Ao fim dos dois dias de debates e palestras, os que acompanharam o evento saíram com a sensação unânime de que a hora é agora para reverter o domínio do asfalto e passar a utilizar o concreto em vias urbanas.

Além de todas as vantagens ambientais do pavimento rígido – entre elas, a menor emissão de CO2 – o engenheiro civil Alexsander Maschio, gerente regional da ABCP Sul, revela as razões que tornam o concreto competitivo. “Tem duas variáveis que são muito importantes. A primeira é econômica. Hoje existe um cenário de elevação de preço do asfalto, principalmente de dois anos para cá. Estudo da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) mostra que o custo do asfalto subiu mais de 100% desde 2017. Já o cimento tem mantido o preço estável, o que ajuda o pavimento rígido a se tornar competitivo em relação ao pavimento flexível”, diz.

A segunda variável, explica Alexsander Maschio, é que as metodologias novas permitem um pavimento urbano de concreto mais esbelto. “Em vez de espessuras muito grandes já se trabalha com espessuras menores, usando tecnologias consagradas em todo o mundo. Com isso, o custo inicial do pavimento rígido urbano torna-se de 15% a 30% mais barato que o asfalto. No longo prazo, esse valor chega a mais de 50%, em alguns casos”, destaca.

 

Argentina tem tradição de quase 100 anos em pavimentação rígida

Em sua palestra sobre a experiência latino-americana em pavimentos urbanos de concreto, o presidente da Federación Iberoamericana del Hormigón Premezclado (FICEM), Diego Jaramillo Porto, citou que a Argentina, principalmente em Buenos Aires e nos municípios no entorno da cidade, é a que tem a maior quilometragem em pavimento rígido urbano do continente. A região usa a tecnologia em 51% de sua malha. Depois vem a Colômbia, com 30% de suas ruas e avenidas revestidas por concreto. No Brasil, a situação é inversa. “Curitiba, que é uma das capitais que mais usa pavimento rígido urbano, não chega nem a 2% da malha. Temos muito a crescer no país e as perspectivas são muito positivas”, cita Alexsander Maschio.

A Argentina conseguiu construir sua malha em pavimento rígido urbano ao longo de 60 anos, entre 1927 e 1987. “Nesse período, os metros quadrados de pavimentação em concreto cresceram exponencialmente. Depois houve uma redução drástica, entre 1987 e 2017, mas agora o país volta a investir na tecnologia. Isso ocorreu com base em pesquisas de opinião pública, onde 80% dos usuários do pavimento rígido urbano disseram estar muito satisfeitos. Houve também investimento em corredores de BRT (Bus Rapid Transit), que em Buenos Aires é chamado de Metrobus. Foi o que fez o pavimento de concreto predominar em nossa região”, revela Diego Calo, coordenador do departamento técnico de pavimento do Instituto del Cemento Portland Argentino (ICPA).

 

Fonte: site Massa Cinzenta. Matéria do jornalista Altair Santos (MTB 2330). Foto: Cia Cimento Itambé.

Reportagem com base nas palestras do Seminário Internacional de Pavimentação Urbana, promovido pela ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) e pela ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) dentro do Concrete Show 2019.

Pavimento de concreto emite menos CO2

Estrada Cimesa. Foto: JR Ramos

 

O Banco Mundial aponta que existem quase 45 milhões de quilômetros de rodovias pavimentadas no planeta – a maioria em asfalto. Isso levou o Centro de Sustentabilidade do Concreto do MIT (do inglês, Concrete Sustainability Hub [CSHub]) a medir o impacto ambiental causado pelo tráfego constante dos veículos sobre as estradas. A conclusão do trabalho no Massachusetts Institute of Technology (MIT) revela por que o pavimento de concreto é mais amigo do meio ambiente em comparação ao asfalto.

O estudo, publicado no Journal of Cleaner Production, constatou que, no asfalto, o efeito chamado de interação pavimento-veículo libera maior volume de CO2 na atmosfera. Outra observação é que a deflexão do asfalto leva os veículos a consumirem mais combustível. “A qualidade do pavimento impacta no desempenho dos veículos e na capacidade de economizarem combustível, ou seja, ao longo de seu ciclo de vida o pavimento influencia para uma pegada maior ou menor de carbono”, deduz o estudo.

O relatório do CSHub ainda faz a seguinte análise: “Ao estudar todas as etapas da vida de uma estrada, usando uma técnica chamada de avaliação do ciclo de vida do pavimento, fica claro que o impacto ambiental de um pavimento não termina com a construção. De fato, há emissões significativas associadas ao asfalto durante sua vida operacional, em comparação ao concreto”. A pesquisa ressalta que as maiores diferenças entre o pavimento flexível e o rígido se dão quando os caminhões estão nas rodovias. (…)

O Centro de Sustentabilidade do Concreto do MIT analisou pavimentos em quatro estados dos Estados Unidos, com diferentes climas: Missouri, Arizona, Colorado e Flórida. Dentro de cada zona climática, foram estudados diferentes níveis de tráfego. A pesquisa concluiu que nas estradas avaliadas aeconomia de combustívelseria de 3,8 bilhões de litros em cinco anos, caso houvesse somente pavimento de concreto, em vez de pavimento de asfalto.

Leia a reportagem completa no site Massa Cinzenta*

* Matéria do jornalista Altair Santos (MTB 2330) com base no estudo do Concrete Sustainability Hub (CSHub) do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Economia nas rodovias capixabas

O Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo (DER-ES) está empenhado em reduzir os custos com manutenção rodoviária e, para isso, estuda a viabilidade de adotar o pavimento de concreto nas rodovias capixabas. O anúncio foi feito no dia 20/03/2019, em Vitória-ES, pelo diretor geral do órgão, engenheiro Luiz Cesar Maretto, ao abrir uma apresentação sobre a tecnologia do pavimento de concreto a seus técnicos.

Antes da palestra “A evolução do pavimento de concreto no Brasil”, proferida pelo engenheiro Eduardo D’Ávila, gerente da ABCP no Rio de Janeiro e Espírito Santo, o diretor do DER destacou os “custos excessivos com as manutenções dos pavimentos” na atualidade. Nos últimos dez anos, lembrou D’Ávila, o asfalto teve uma escalada de aumentos bem acima da inflação.

Luiz Cesar Maretto elencou trechos que podem ser objeto do emprego do pavimento rígido e, após o evento, em reunião da ABCP com os técnicos do órgão, foram levantadas sete rodovias com potencial para a utilização do pavimento de concreto.

Também a pedido do diretor, a ABCP está elaborando um estudo para recuperação de um trecho de uma das rodovias, considerado um experimento pelo órgão. Acompanhado por técnicos do DER, Eduardo D’Ávila já visitou o trecho sugerido para recuperação.

 

Seminário aberto

Dando continuidade às ações, o DER pretende realizar em maio deste ano, em parceria com a ABCP, um seminário aberto ao público sobre pavimento de concreto. A expectativa é convidar representantesdo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do Sindicopes (Sindicato das Empresas de Construção Pesada no Estado do Espírito Santo), projetistas e docentes de universidades, entre outros possíveis interessados.

A previsão do governo capixaba, nesta gestão, é recuperar 700 km de rodovias do Estado. Por isso, a ABCP deve apresentar em breve o estudo de viabilidade de outros dois trechos da malha rodoviária estadual.

Competitividade nas rodovias

General Avena, que comandou as obras da BR 101 NE

 

O pavimento de concreto foi destaque em uma entrevista concedida pelo general de Exército Ítalo Fortes Avena, no dia 19/03/2019, ao programa Direto de Brasília. Engenheiro por formação, o general Avena foi chefe do Departamento de Engenharia do Exército Brasileiro e comandou os Batalhões de Engenharia de Construção (BEC) nas obras de muitas estradas brasileiras, entre elas o trecho nordestino da BR 101, a partir da qual tornou-se um entusiasta do pavimento rígido.

 

“Podemos comparar a eficácia do pavimento de concreto em relação ao pavimento de asfalto”, disse o general Avena no início da entrevista (9:35), ao ser perguntado sobre as opções tecnológicas para a pavimentação de rodovias.

 

Mais à frente, respondendo ao jornalista, acrescentou:

“Eu sou a favor do concreto, sem dúvida nenhuma. Na época em que comecei a trabalhar (anos 70), o concreto custava o dobro do asfalto, enquanto sua manutenção era mais barata. Só quando a estrada de concreto chegava aos quinze anos de vida ela se tornava mais barata. Mas hoje isso mudou. O custo inicial é praticamente o mesmo e a durabilidade do concreto é muito maior. O concreto que fizemos na BR 101 iniciava com 10 centímetros de concreto (base) mais 22 centímetros de concreto armado, em placas. Uma estrada dessas vai durar muito tempo, se bem-feita logicamente. E nós compramos uma máquina na Alemanha que fazia tudo. Jogávamos o material nela e ela ia fazendo (22:53).”

 

Veja a entrevista completa no Programa Direto de Brasília pelo Youtube

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Parceria EB-ABCP

O apoio técnico da ABCP à construção de estradas pelo Exército Brasileiro (EB) começou a tomar corpo em 2006. Naquele ano, o EB solicitou os serviços técnicos da Associação para a duplicação, em pavimento de concreto, da BR 101 nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A rodovia vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte e o Corredor Nordeste tinha 386 quilômetros de extensão.

O contrato envolveu consultoria técnica, laboratorial e fornecimento de equipamentos por parte da ABCP, além de treinamento dos soldados que participariam da construção da rodovia. A obra foi divida em oito lotes, cabendo ao Exército a construção de três deles (cerca de 143 km). Para executar a obra, o EB adquiriu um conjunto de pavimentação de última geração, com todos os acessórios necessários para garantir qualidade e conforto de rolamento.

O ano de 2008 marcou a consolidação do pavimento de concreto como solução técnica. Manteve-se com o EB o termo de cooperação técnica para treinamento e transferência de tecnologia, o que incluiu o fornecimento de vibroacabadoras de fôrmas deslizantes e de usinas dosadoras e misturadoras de concreto. Com outro trecho de 600 km em fase de projeto de duplicação, o pavimento de concreto totalizava cerca de 1.000 km de pavimentação, um marco na história da pavimentação rígida no Brasil.

A ABCP teve participação importante também junto ao Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (Centran), órgão fruto do convênio realizado entre o Ministério da Defesa e o Ministério dos Transportes, destacando-se as seguintes ações: elaboração de propostas para atualização profunda do Sistema de Custos Rodoviários (Sicro), que seriam implementadas pelo DNIT, e consolidação e ampliação do módulo de ensino a distância (EAD) relacionado à execução e controle tecnológico de pavimentos de concreto, entre outras ações.

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Vitrine para o Brasil

A obra da duplicação da BR 101 NE foi importante ainda para a difusão do pavimento de concreto no Brasil. Ela recebeu a visita de diversas autoridades técnicas e governamentais, entre elas o próprio presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2007. Com apoio da ABCP, a BR 101 NE recebeu a visita de mais de 90 profissionais dos setores público e privado durante a realização do 13º Encontro Nacional de Conservação Rodoviária (Enacor), em Recife, e ao longo dos anos inúmeros engenheiros de construtoras que atuariam em obras de pavimento de concreto em outros estados brasileiros, sempre com o suporte dos Escritórios Regionais da Associação.

Com sua transferência para a reserva, o general Ítalo Avena deixou a Chefia do Departamento de Engenharia do Exército Brasileiro em junho de 2011. Mas foi imediatamente convidado a ser consultor militar da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York.

10º Seminário Nacional Modernas Técnicas Rodoviárias

A ACE (Associação Catarinense de Engenheiros) promoverá, entre os dias 25 e 28 de novembro de 2018, em Florianópolis-SC, o 10º Seminário Nacional Modernas Técnicas Rodoviárias. A ABCP participará do evento por meio do engenheiro Dejalma Frasson Junior, de Florianópolis, que ministrará a palestra sobre pavimento de concreto, com foco na “Restauração da SC 114 em whitetopping: atratividade, sustentabilidade e tecnologias modernas aplicadas”.

A 1ª edição deste seminário foi realizada em 1998, quando a ACE levou a Florianópolis vários especialistas nos mais diferentes ramos da engenharia rodoviária para compartilharem seus conhecimentos. Era um momento importante para o Brasil e o clima era de franco otimismo quanto à estabilização econômica do país. O evento alcançou um grande sucesso, com a presença de mais de 500 participantes.

Passados 20 anos e nove edições do seminário, temos novamente um momento positivo para a engenharia voltada ao setor rodoviário, com a possibilidade de saída da atual recessão vivenciada no Brasil. “É neste clima de confiança na recuperação do investimento e crescimento do país que, novamente, nós da ACE vamos colocar em prática o espírito que nos moveu em 1998, e nos acompanha ao longo desses anos, qual seja, propiciar a realização de um evento em um ambiente acolhedor, tendo o destino turístico Florianópolis como mais um dos atrativos”, declarou a diretoria da ACE.

O evento é uma oportunidade para que possam se encontrar, em um mesmo fórum, projetistas, construtores, contratantes, gestores, estudantes, professores, pesquisadores e fornecedores de produtos e serviços voltados para a engenharia rodoviária, trocando experiências sobre as mais modernas técnicas em uso no Brasil.

Saiba mais em: https://www.modernastecnicasrodoviarias2018.com

Curso de Pavimentos de Concreto próximo de sua 200a edição

Nos dias 5 e 6 de junho de 2018, a ABCP atingiu a marca de 194 edições do Curso de Pavimentos de Concreto. Se o curso fosse realizado mensalmente (na realidade, ele ocorre ao longo do ano, em duas ou mais edições), teria superado os 16 anos de realização ininterrupta.

Vale lembrar que, neste período, o pavimento de concreto passou a integrar inúmeras rodovias e corredores urbanos da malha viária brasileira, o que se deve em parte à transferência de tecnologia promovida pela ABCP e seu time de especialistas.

Nesta última edição, a Associação recebeu cerca de 15 profissionais, que participaram do curso ministrado pelos engenheiros Ricardo Moschetti, Marcos Dutra, Rubens Curti, Alexsander Maschio e Rodrigo Campos.

Com carga horária de 16 horas, o programa abordou:

·    Introdução e estado da arte dos pavimentos de concreto
·    Tecnologia do concreto simples e rolado
·    Projeto e dimensionamento dos pavimentos de concreto
·    Construção de pavimentos de concreto simples e rolado
·    Reabilitação de pavimentos (whitetopping e overlay)
·    Perfilógrafo Califórnia

AG realiza webinar sobre pavimento de concreto com especialista da ABCP

A Construtora Andrade Gutierrez (AG) recebeu no dia 04 de maio de 2018 o engenheiro Marcos Dutra, especialista em pavimento de concreto da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland). Por cerca de duas horas, Dutra conduziu o webinar  “Diretrizes de projeto e execução de pavimentos de concreto”, evento liderado pela Comunidade de Prática de Pavimentação, cujo objetivo é compartilhar cada vez mais conhecimento de qualidade com as equipes técnicas da AG. A palestra ocorreu no espaço da Vetor AG, a aceleradora de start-ups do grupo.

A palestra foi elogiada pelos participantes e repercutiu nas duas redes sociais utilizadas pela Vetor AG: Instagram e Facebook. A iniciativa foi parabenizada pelo presidente da AG, Clorivaldo Bisinoto. “Parabéns time Cop Pav! Iniciativas como esta engrandecem nossa engenharia! Obrigado, Marcos Dutra!”, registrou o executivo.

BRT de Campinas avança com apoio técnico da ABCP

A Prefeitura de Campinas, cidade a 97 km de São Paulo, está dando um grande passo para otimizar o seu sistema de transporte público municipal. Desde 2017, encontra-se em execução as obras dos Corredores de Transporte BRT Campinas, iniciativa conduzida pela SETRANSP (Secretaria Municipal de Transportes) por meio da EMDEC (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S/A). Com capacidade para transportar entre 12 mil e 25 mil passageiros/hora, o BRT (Bus Rapid Transit)é um modal intermediário entre o ônibus comum e o metrô e vem sendo uma opção bastante atraente para cidades de médio e grande portes.

Em 2015, nada menos que 47 cidades brasileiras possuíam projetos de implantação de corredores exclusivos de ônibus para fins de mobilidade urbana. O BRT de Campinas foi anunciado também nesse ano. Em todos os projetos que utilizam sistemas à base de cimento, neste caso a pavimentação em concreto, a ABCP tem participado ativamente com um trabalho que envolve orientação, treinamento/capacitação, suporte técnico em projeto, tecnologia do concreto e execução, além de acompanhamento de obra.

 

Experiências positivas

O engenheiro Ricardo Moschetti, gerente regional da ABCP em São Paulo, lembra que todos os projetos de corredor urbano e BRT, por sua característica, necessitam de apoio e cuidados técnicos. Mas essa conduta ganha mais relevância de acordo com o local do projeto. “Campinas, como um dos principais centros urbanos do país, exige que o BRT tenha as melhores qualidades de acabamento. Por isso é importante a interação entre as equipes envolvidas no projeto, para que possamos aplicar as melhores práticas”, diz. Segundo ele, o cenário do pavimento de concreto para mobilidade urbana vem crescendo no país, principalmente pelas experiências de sucesso geradas por essa tecnologia. Além de Campinas, no Estado de São Paulo existem algumas cidades com potencial, como Sorocaba e São José dos Campos, entre outras, que planejam implantar a solução.

O engenheiro Marcos Dutra, responsável pela área de Pavimento de Concreto da ABCP, entende que “a competitividade do pavimento de concreto está aumentando muito, o que explica o grande número de projetos de BRTs e corredores de ônibus no país. Particularmente no Estado de São Paulo, Sorocaba e diversas outras cidades vêm estudando essa alternativa”. Na capital, acrescenta Dutra, “a SPTrans tem um plano que prevê a construção de aproximadamente 500 km de corredores, projeto a ser realizado em diversas fases, conforme a liberação de recursos”.

Características do projeto

Viabilizado com recursos do PAC Mobilidade, o BRT de Campinas terá 36,6 km de extensão e conta com suporte técnico da ABCP para o projeto e a execução do pavimento de concreto empregado na obra. O complexo é formado por dois corredores que ligam o centro da cidade aos distritos de Campo Grande e Ouro Verde, que juntos concentram 40% da população de Campinas, e por um terceiro corredor (Perimetral), que interliga os dois primeiros. O projeto emprega pavimento de concreto simples com barra de transferência e armadura distribuída descontínua onde necessária, conforme definição de projeto, além de sub-base de BGTC (brita graduada tratada com cimento) e BGS (brita graduada simples).

Dividida em 4 lotes, a obra compreende ainda 29 paradas, 9 estações de transferência, 5 terminais de ônibus e 16 novas pontes e viadutos. O empreendimento deve ser entregue em abril de 2020 (total de 36 meses) e consumir mais de 300 mil metros cúbicos de concreto apenas na pavimentação. Quando concluído, o sistema terá capacidade para atender a 38% dos atuais 652 mil passageiros/dia que utilizam o transporte de massa em Campinas.

 

Papel da ABCP

A ABCP realizou em 2017 diversas reuniões técnicas e debates junto com a EMDEC, que executa as atividades técnicas da SETRANSP, e com todas as empresas envolvidas na construção dos quatro lotes do BRT de Campinas. Osuporte técnico coube à área especializada em pavimento de concreto da Associação em conjunto com a Regional de São Paulo da ABCP. “Fizemos inicialmente uma apresentação do pavimento de concreto e das vantagens técnicas e ambientais da solução. Depois, houve uma apresentação técnica, sobre diretrizes de projeto e execução de pavimento de concreto, um treinamento que apresenta características do pavimento, cuidados e fundamentos do sistema. Concluída essa etapa, realizamos visitas técnicas à obra”, explica Marcos Dutra. “Trata-se de uma iniciativa totalmente institucional da ABCP, onde damos as diretivas e recomendações técnicas necessárias”, completa.

A mais recente visita técnica da ABCP ocorreu na última quinta-feira (17/05/2018), quando uma equipe da Associação percorreu o Lote 1 do complexo (Trecho 1 do Corredor Campo Grande e Corredor Perimetral), sob responsabilidade do Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pela Arvek, D. P. Barros, Trail, Enpavi e Pentágono. As obras do Lote 1 tiveram início em junho de 2017 e devem consumir 18 meses de trabalhos. “A ABCP fez reuniões técnicas com toda a equipe da obra, expondo os cuidados com o projeto e com a execução do pavimento de concreto. A nossa intenção é transmitir conhecimento sobre a tecnologia para garantir a qualidade do produto final”, explica o engenheiro Fernão Nonemacher Dias Paes Leme, da ABCP São Paulo.

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